Vai, nas voltas do vento
Vê, na vida as vozes
a voar em breve tormento.
Vela, seu vestido velho
Vigia, a dor vilã
vagando em sonhos belos.
Verta, lágrimas inquietas
Viva, da volúpia vil
e incerta.
Você, sem tanta vontade
Você, em visceral vaidade
Vai, enquanto viceja neste
ventre, o vigor insano daquela
vagarosa viagem.
Vai, enquanto valsa em seus
olhos, algo de minha solidão
a buscar valiosa miragem.
Vai, vulto tão vazio de verdade
Vou, sem perceber,
distanciando-me da sua
visão, divisando nas vielas
escuras da sofreguidão
versos tão cheios de saudade.